Diabetes x Alimentação: 4 hábitos que podem desencadear a doença

por | set 16, 2020 | Alimentação Saudável, Bem-Estar

Mais de 15 milhões de brasileiros têm diabetes. Essa é a projeção do Ministério da Saúde com base na pesquisa Vigitel 2019 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) divulgada em 2020.

Em outras palavras, esse número equivale a 7,4% dos 210,1 milhões de habitantes do país, segundo o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Sabe-se que o Tipo 2 é o mais comum. As causas exatas ainda não são totalmente conhecidas, mas especialistas acreditam que estejam relacionadas ao aumento do peso da população.

E isso se reflete nas estatísticas e na saúde dos brasileiros. De acordo com essa mesma pesquisa, a obesidade cresceu 67,8% nos últimos treze anos no Brasil, saltando de 11,8% em 2006 para 19,8% em 2018.

O que é Diabetes?

Em suma, essa é uma doença crônica que pode ser progressiva e sem cura, dependendo do tipo. Ela é ocasionada pelo aumento dos níveis de glicose (açúcar) no sangue. Isso acontece quando tem pouca insulina circulando ou quando esse hormônio não é bem aproveitado pelo corpo.

Existem alguns tipos de diabetes, mas três são responsáveis pela maioria dos casos, são eles:

Diabetes Tipo 1 (DM1)

O Tipo 1 é geralmente autoimune e pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais comum em crianças, adolescentes e jovens. Estima-se que ela represente 10% do total de diabéticos no mundo. Segundo a Federação Internacional da Diabetes, o Brasil tem cerca de 95,5 mil casos.

Esse tipo de diabetes é tratado com insulina, medicamentos, planejamento alimentar e atividades físicas para ajudar a controlar o nível de glicose no sangue.

Como sintomas, é possível citar:

  • Excesso de urina
  • Sede constante
  • Perda de peso
  • Aumento da fome
  • Cansaço

Diabetes Tipo 2 (DM2)

O Tipo 2 é também conhecido como “doença silenciosa”, o mais comum e o mais perigoso. O corpo passa a ser resistente à insulina produzida pelo pâncreas. Esse tipo pode até ser crônico, mas na maioria das vezes está ligado à má alimentação e ao sedentarismo.

Por outro lado, dependendo da gravidade, pode ser controlado com atividade física e boa alimentação. Em outros casos, é feito o uso de insulina e/ou outros medicamentos para controlar a glicose aumentada.

Sintomas mais comuns:

  • Aumento da fome
  • Excesso de urina (especialmente durante a noite)
  • Fraqueza
  • Alteração na visão
  • Infecções constantes na gengiva e/ou na pele

Diabetes gestacional

Por fim, há o Diabetes gestacional, caracterizado pelo aumento dos níveis de glicose no sangue durante a gravidez. A doença, que pode ser diagnosticada durante ou ainda no primeiro trimestre da gestação, atinge até 25% das grávidas.

Nesse caso, a mulher recebe um acompanhamento específico durante o pré-natal, que monitora os riscos para a mãe e o bebê. Na maioria das vezes, o controle é feito com uma orientação nutricional adequada.

Os principais fatores que podem levar a esse tipo de DM são:

  • Gestação em idade avançada
  • Ganho de peso excessivo
  • Pressão alta
  • Triglicérides alto
  • Colesterol alto
  • Obesidade

Leia também: O que é Nutrição Funcional?

4 hábitos que aumentam o risco de desenvolver Diabetes

Há alguns hábitos que são determinantes e aumentam consideravelmente o risco de desenvolvimento dessa doença.

“O envelhecimento da população, a crescente urbanização, bem como a mudança no estilo de vida, que passou a ser não tão saudável em virtude de dietas inadequadas, da obesidade e do sedentarismo, são os grandes responsáveis pela prevalência do Diabetes no mundo.” (Estudo: Estresse e riscos associados aos hábitos de vida em pacientes com diabetes mellitus)

Esses são alguns pontos considerados como riscos em relação à alimentação:

  • Consumir muita fritura e embutidos
  • Bebidas industrializadas em excesso
  • Excesso de carboidratos simples
  • Alimentação e rotina desequilibradas

“A crescente substituição dos alimentos in natura, ricos em fibras, vitaminas e minerais, por produtos industrializados (Barreto & Cyrillo, 2001), associada a um estilo de vida sedentário, favorecido por mudanças na estrutura de trabalho e avanços tecnológicos (Popkin, 1999), compõem um dos principais fatores etiológicos da obesidade.” (Review “Tendências do diabetes mellitus no Brasil: o papel da transição nutricional”)

Estresse como fator de risco

O estresse também é um fator de risco para o desenvolvimento da doença:

“O estresse é considerado como um conjunto de reações e estímulos que causam distúrbios no equilíbrio do organismo, liberando hormônios que aumentam a glicose.” (Estudo: Estresse e riscos associados aos hábitos de vida em pacientes com diabetes mellitus).

Atividades ou mudanças significativas no estilo de vida podem promover mais tranquilidade e ajudar a combater essa patologia ou até mesmo evitá-la.

Por isso, é importante buscar um especialista para conhecer mais sobre a doença, fazer os exames que ajudam a detectá-la e definir os tratamentos. Mas lembre-se, os hábitos e a rotina influenciam muito no surgimento não só da Diabetes, mas de outras diversas doenças. Fique atento!

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